Artigo da Revista Ultimato de novembro-dezembro de 2010 escrito por Valdir Steuernagel “Deus dá testemunho de si mesmo”. Página 56 e 57. (reprodução permitida).
Na sala pequena a conversa é intensa. Em pouco tempo chegamos a assuntos profundos. “você não faz idéia do que este país passou e do que o regime comunista e ateu fez com esta gente!”, diz o missionário inglês, com a firmeza e a espontaneidade de quem se sente em casa em Esbalan, no nordeste da Albânia. E ele tem razão. Fico tentando entender o drama pelo qual o país passou em sua história recente e o seu processo de transformação nestas duas últimas décadas.
A história da Albânia é antiga. Só em 1912 eles se libertaram da longa ocupação otomana (turca) que transformara o país cristão em muçulmano. Porém, em 1944, eles voltavam a outro império, dessa vez o soviético. Sob a liderança de Enver Hoxha, que ficou no poder até falecer, em 1985, a Albânia passou a ser uma “ilha” totalitária na qual nem o bloco soviético, com o qual rompeu em 1967, nem a China, com a qual rompeu em 1978, eram suficientemente radicais em sua vivência do comunismo. Foi Hoxha quem suprimiu toda e qualquer estrutura e expressão religiosa no país, declarando-o o primeiro estado ateu do mundo. A liderança que o substituiu procurou introduzir algumas medidas liberalizadoras, mas não subsistiu às conseqüências e à influência da queda do império soviético e à mediática queda do muro de Berlim. Assim, quando as fronteiras foram abertas, em 1991, instituiu-se um novo regime político e a população vivenciou níveis desconhecidos de liberdade.
O mais intrigante é que, apesar de décadas de ensino e controle ateísta e do aniquilamento radical de qualquer sinal religioso, hoje a população é descrita em termos religiosos, embora com dados antigos e desatualizados. Assim, 70% da população é muçulmana, 20% ortodoxa e 10% católica. Já a igreja evangélica, com expressões diversas, é bem pequena e tem menos de 20 anos de idade.
Onde estão os ateus? Os convertidos ao ateísmo por um estado forte, controlador e violento? Eles existem, é claro. No entanto, o anseio e a necessidade espiritual vieram à tona assim que possível. Eclesiastes 3:11 diz que Deus “pôs no coração do homem o anseio pela eternidade”; e o homem, quando pode, expressa sua busca por Deus de várias maneiras e formas religiosas. Por algum tempo, a inexistência de Deus pode até ser declarada, imposta e proclamada por regimes, instituições e filosofias; porém, assim que uma janela se abre ou uma porta deixa fresta, as pessoas saem em busca de conhecer e pertencer, como nós cristãos dizemos, ao Deus que nos criou, nos sustenta e se revela com amor em Jesus Cristo. Deus é o maior interessado em revelar-se a nós, pois sabe que necessitamos dele de forma existencial e visceral. Ele é a nossa vida e a razão da nossa coexistência comunitária. Há sinais do interesse de Deus em se dar a conhecer e em dar às pessoas a oportunidade de descobrir que aquilo que anelavam e buscavam está no conhecimento e na relação de amor com ele mesmo. (o artigo continua).
Que neste natal, os albaneses tenham oportunidade de entenderem sobre o verdadeiro sentido do nascimento de Jesus e o Seu plano de salvação. Este é o pedido que fazem a missionária Norma e o casal Tártari em seus relatórios. Eles tem sido canal de benção a este povo. Agradecemos a Deus por isso!
“Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens”. Tito 2:11
Abraços
Valdeti
Paulo e Valdeti Campos
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